O ENCONTRO
E andando em nuvens de saudade, pude relembrar daquele mágico encontro. Lembro-me tão bem dos fatos que nem parece que tudo aconteceu há quase quatro anos.
O luar era maravilhoso, as flores coloriam o chão e perfumavam o ar, numa mistura de fragrâncias que vinham por todos os cantos do imenso jardim. Beija-flores brincavam em meio às rosas e procuravam entre elas a mais bela de todas, para sugar-lhe o doce néctar.
Por algum tempo permaneci imóvel diante desta paisagem que hipnotizava meu olhar. Deixei-me envolver pelo clima que a situação proporcionava, e, quando dei por mim, estava a brincar com as borboletas que pousavam suaves em minhas mãos.
Foi quando avistei um pouco distante de mim, e aproximando-se com passos lentos, suaves, parecia flutuar sobre a grama.
Pude notar que no instante em que ele apareceu, o sol passou a brilhar com mais intensidade, radiando luz e nos aquecendo por dentro.
Estando diante de mim, abraçou-me carinhosamente, não disse nada, e não precisava, seus olhos diziam tudo. Permanecemos assim por um longo tempo. Eu estava com ele e isso me deixava feliz. Naquela hora o mundo se resumia a nós dois ali, abraçados.
Queria que aquele instante não passasse jamais, mas passou como tudo na vida passa.
Depois daquele encontro, voltamos a nos encontrar mais vezes, mais nenhum desses outros foi mágico como o primeiro.
Gostaria que tudo se repetisse novamente, mas os encontros jamais se repetem, nem a emoção do grande amor, Eles apenas se perdem na memória.