Lembranças

Têm sido súbitos, rápidos, pensamentos vagueiam-me

vulcão ativo de sentir, uma dor reina e no centro de tudo uma vida,

que deixa de ser vida pra secar!

Não sei a que devo tanto se a nada me serviu! Corri tanto as ladeiras, abri mão de tantas coisas às quais me são dádivas!

Não reconheci-me nos fatos. Coisas que ocorrem por causa dos desejos!

Então a algo serviu ... não sentir desejos! Esforcei-me feito cão e nada!

Intensidades que há!

Para quem os desejos? Para quem o vulcão possa despertar?

Vulcão doce, amável, que perde tudo, menos a vontade

de ser, eclodir e de amar!

Vulcão que dorme é feliz, vulcão que eclode enfeita o pensar.

Fica assim à mercê da riqueza ou de uma catástrofe causar!

Ser vulcão dói, mas é sempre uma dor que constrói e liberta o pensar!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 25/06/2015
Reeditado em 30/11/2016
Código do texto: T5288974
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