Lembranças
Têm sido súbitos, rápidos, pensamentos vagueiam-me
vulcão ativo de sentir, uma dor reina e no centro de tudo uma vida,
que deixa de ser vida pra secar!
Não sei a que devo tanto se a nada me serviu! Corri tanto as ladeiras, abri mão de tantas coisas às quais me são dádivas!
Não reconheci-me nos fatos. Coisas que ocorrem por causa dos desejos!
Então a algo serviu ... não sentir desejos! Esforcei-me feito cão e nada!
Intensidades que há!
Para quem os desejos? Para quem o vulcão possa despertar?
Vulcão doce, amável, que perde tudo, menos a vontade
de ser, eclodir e de amar!
Vulcão que dorme é feliz, vulcão que eclode enfeita o pensar.
Fica assim à mercê da riqueza ou de uma catástrofe causar!
Ser vulcão dói, mas é sempre uma dor que constrói e liberta o pensar!