Amor que vive eternamente
Vem de onde nasce o sol formosa
luz do oriente céu azul.
Amolece meus lábios vividos pelos
teus a cada dia.
Faça a lua desmoronar de inveja.
Ela está descorada e adoece de
tristeza, contudo meu amor, és a
mais formosa de todo este universo.
Teu rosto calmo e luminoso toca as
estrelas latejantes.
É assim, o nosso amor é um sinal
supremo do altíssimo Deus, uma
luz, que candeia teus olhos,
derramando sobre as aves, se
acendem, até cantam.
Pudera eu ser um escritor, lhe escreveria
com letras diversas, enfeitaria
meus olhos envolvidos de amor.
Vejo a noite que chega tocando tua
face angelical.
Quero ser luvas que aveludam.
Sentir o cheiro, debruçar enfim nesta
áurea plácida.
Doce e eterno amor, vem comigo
alegrar os campos, estão murchos,
te esperam para que sejam tocados.
Faz-me seu para sempre.
Olha-me com candura, aperfeiçoa-me
com os murmúrios onde uiva meu ser.
Deixe-me usufruir cada pedaço deste
tesouro, é meu por devoção.
Agora entre em meus aposentos.
Apodera-se de tudo sem temer.
Durma neste leito imaculado e sonhe.
Quisera eu ser seu sono e dormir contigo
em paz nesta vida terrena doce e amada.
Minha única vida.
Sobrevivência.
É em você que eu sobrevivo, nasço.
Poetisa Luciana Bianchini