Era inverno
Uma luz insistia em brilhar...
Na penumbra silente da manhã
Frente à janela, do divã conseguia...
Contemplar e ouvir os murmúrios
Do vento: soprando, soprando...
Ah, o sol era insistente, porém pesadas;
Eram as nuvens lá no cume da montanha.
Encobrindo-o; um negrume se instalou...
O vento cada vez mais forte: soava como
Constantes de uma canção...
De repente, romperam-se as nuvens,
Eram prantos do céu, o que parecia um véu...
Tornou-se treva: espelho de mim. Tão triste
Ver-me assim. Tal qual era o céu! Lágrimas.
Ah, se o tempo pudesse retroceder.
Quão bom seria ter você aqui perto de mim,
Naquele dia, a chuva era nossa companhia; quanta alegria:
Corremos..., sorrimos..., beijamos..., rodopiamos...
Depois nos entregamos ternos de amor
Quanto fulgor, mesmo trêmulos pelo frio.
Hoje, estou aqui – tão longe distante de ti;
Fechando as cortinas da saudade – lembranças...
Quem sabe assim. Cessem as lágrimas...!