ATÉ QUANDO?
No silêncio de minha alma, a tua voz,
é tornado mergulhando em dor atroz
no mar revolto dum sonho desfeito!
Nos recifes da saudade a tua ausência,
quais vagas de amargura sem clemência,
vem espocar nas praias do meu peito!
O verde mar me acaricia o coração,
inebriando a minha alma na canção
do vaivém das espumas milenares!
São notas de incontida ansiedade
murmurando , em solfejos de saudade,
os cânticos de amores estrelares !
Cerro os olhos e Minh! alma silencia
para escutar, da eternidade a poesia,
recitando amores de outra era!
E as lágrimas nos olhos, mal versadas,
perguntam entre estrofes espalhadas:
- Até quando estarei a tua espera?