De ti nada sei
De ti nada sei.
És como o cheiro do cigarro que,
mesmo distante, ainda sinto.
O tempo que corre,
feito o sangue em minhas veias,
pouco a pouco corrói tuas lembranças,
deixando em mim apenas fragmentos
de outras tantas memórias.
Em ti o silêncio se fez âncora,
no mar revolto que agora sou.
Mas esse silêncio também
tece discursos e neles insiro
um poema que ainda fala de ti.