TEU NOME

A noite era calma,

a quietude dominava minha alma,

e na companhia do céu de um imenso manto escuro,

fui agraciado por um momento de paz.

Assim, tudo começou a fluir,

e por uma consequência feliz,

teu vulto do nada surgiu exatamente

como meu coração sempre quis.

Estendeu-me suas mãos, e,

através de um gesto angelical,

enxugou-me as lágrimas que insitiam cair,

que insistiam atiçar a saudade

que de você sentia.

Nada disse apenas fitou-me,

e como sempre fez

alisou meus cabelos brancos,

e como um leve toque seus dedos

percorreram minha face, e, como que

surpresa pelas rugas encontradas,

parecia indagar se foram prêmios

conquistados por ter amado.

E nesse estado quase real,

oferecido como brinde pela vida,

acabei adormecendo em seus ombros, e,

no aconchego da ternura desse sonho,

despertei chamando o teu nome.

Wil
Enviado por Wil em 22/09/2005
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