Amor pra Recomeçar
Vim te pedir que deixes
O amor que outrora foi tão fecundo
Mutável mundo.
Somos ébrios e profundos
Dilacerados pelo tempo imundo
Acorrentados de calafrios e segundos.
Não sou mais quem te serve
O amor que se choca tanto e maltrata
Aportei meu vadio sonho no infinito, no nada
Sou quente-frio, estrada sonora estrada
Paz e ardil, vago lá fora alpercata
De couro, indiferente aos passos
Não por destreza, não sei muito bem o que faço
Nem tenho a certeza
De amor novamente igual possuir, não posso.
Temo ser indiferente ao desejo
De recomeçar por um beijo
Procurar o que sentir num lampejo.
Acostumar-se a dormir junto
Fazer promessas de infinito
Viver novamente um sonho bonito.
19 jun 2015