Sabes

Não divido com ninguém o que é seu
Mesmo certa do desprezo no olhar 
Ando em trevas quanto a você
Vivendo de palavras terceirizadas

Segura apenas no fio de esperança
A mim é dado o direito de sonhar
Das responsabilidades não me desvio
Há negócios dentro do lar e, sabes

Não foco em dois alvos, meu coração
É seu, não sou vulgar, dê-me amor 
Além de palavras desconfiadas
Não há ninguém em seu lugar

Preciso de companhia e bem sabes
Irmãos, irmãs parentes enfim,
“Às vezes não sei cuidar de mim”
E sabes! vivo a esperançar!

Esperando que não me desprezes
Ao ver-me frágil no caminhar
Certa de que isso acontecerá
Esmoreço a mente só de pensar