Cristalinidade.

Caminho perdidamente nas águas,

E meus pés fervem de suas cristalinidade,

Ao labirinto colhido de você;

De meus erros de furtivos amargos.

Sobre os ventos da lua amada,

Meu peito se abre em labaredas,

Havendo um abismo na primavera;

No descansar da aurora prematura!

Pelas linhas de minhas veias cruas,

O arco da ferida medida,

Ferozmente banindo minha alma.

Por quê.De meus passos sibilaram,

De réu ao horizonte ceifante,

Dentre teus olhares.Linda Mulher.

Na sobriedade de uma cadeia,

O calabouço de teus lábios perdidos,

Entre as frestas de minhas grades,

De onde fico a tua espera;

Sem a luz do espelho de Narciso,

A escuridão vaga minhas incertezas,

No vago lençol sujo que me acolhe,

Sem a lindeza deste teu amor.

Deixo a avareza do meu corpo,

No atentar-me sob a esperança,

De volar sobre tua alma nua...

De avessos e confessos juvenis,

De onde, penetrei minha dor infame;

Na solidão, errante, do meu orgulho.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 18/06/2015
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