CAVALINHA

Ao cair a noite eu monto nas tuas ancas,

cavalinha, e nua no pelo que a minha pele

nua abraça, te levo grudado na cavalgada

até aonde distantes da moral olhada

te penetro rompendo a rosa o cravo espumante

em brasa, teu como deslizar nas delícias

escancaradas da tua oferta é meu ser teu homem,

cavalinha, os beijos indecentes revelam a verdade,

que o nosso amor é mais égua quanto másculo

vasculho-te as entranhas e insuportável o querer mais

amo o prazer mais longo no desejo

te encho de espuma e sonho rompendo do sexo

à alma, brilhando na armadura de uma orgia

cujo fim é o amor mais que amado -amor liberto