Janela

Quanto tempo resta à beleza das flores
Desenhos e imagem de amores
Nas palavras do sofrido momento
Na convenção da vida cotidiana?

Diga-se de passagem, na aragem do instante
Nem tudo está perdido, bandido coração!
Acalme-te a razão equilibrar-se-á a emoção
E cada coisa vai estar em seu lugar.

O estampido de hoje é passageiro
Porque tudo que se faz é em nome do dinheiro
E tão pouco que não justifica a grandeza humana
Sob a ótica da mais digna sobrevivência.

Diante disso perde-se a visão do amor
Olha o semelhante como nada fosse
Não deixando sangrar no peito a paixão
Para que a vida siga seu curso normal.

E não se abre mais a janela que dava para o quintal
A vida virou sinônimo de medo
Por qualquer coisa se aperta o dedo
Na perspectiva de derrubar qualquer alvo no chão.

Amor, amor onde está agora que não responde?
Trancado no peito dos que de ti se escondem
Simplesmente por temer as barbáries premeditadas
Ou nos corações daqueles que a vida odeiam?
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 17/06/2015
Reeditado em 18/06/2015
Código do texto: T5279889
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