Semblante
Numa dessas belas noites
Uma mulher se deitou,
Pôs as mãos ao rosto.
Num suave profundo sono pegou.
Ele que espreitava de longe,
Um sorriso ao lugar correu.
Com a certeza que era ela,
Um beijo na boca lhe deu.
Acordou-se a lua constrangida:
- tu perdeste a razão?
-Que intimidade que tiveste?
Agora, peça-me o perdão!
Oh, clarão, foi fácil engano meu,
Que o semblante dela
É todo semblante teu!