INCONSCIENTE

Como pode haver a eternidade,

Se o meu corpo tímido,

Morfeia solitário na imensidão desse nada

Que se mostra tão real...

Como pode o andar de mãos dadas,

Se atrofiadas, minhas mãos,

Sofrem do desejo do encontro

Nesse ilusório e aprisionante cenário...

Como podem as bocas de amor

Se perderem de loucura, se sóbria,

A minha, padece de uma vontade

Alucinadamente mortal...

Como posso eu, ainda em meu descanso justo,

Sonhar com a sua imagem me fazendo amor,

Sendo o nunca, o único responsável por rodar

O filme da nossa história...

Como é possível sentir primavera em Morpheus,

Se meu paraíso resseca ao relento dessa realidade

Tão incômoda e indesejada...

Como pode o amor se esconder de mim,

Encarcerado nos meus sonhos, torturando o

Meu pulsar, estando eu ainda vivo...

Como pode?

Como faço?

Como é...

Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 16/06/2015
Código do texto: T5279099
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