INCONSCIENTE
Como pode haver a eternidade,
Se o meu corpo tímido,
Morfeia solitário na imensidão desse nada
Que se mostra tão real...
Como pode o andar de mãos dadas,
Se atrofiadas, minhas mãos,
Sofrem do desejo do encontro
Nesse ilusório e aprisionante cenário...
Como podem as bocas de amor
Se perderem de loucura, se sóbria,
A minha, padece de uma vontade
Alucinadamente mortal...
Como posso eu, ainda em meu descanso justo,
Sonhar com a sua imagem me fazendo amor,
Sendo o nunca, o único responsável por rodar
O filme da nossa história...
Como é possível sentir primavera em Morpheus,
Se meu paraíso resseca ao relento dessa realidade
Tão incômoda e indesejada...
Como pode o amor se esconder de mim,
Encarcerado nos meus sonhos, torturando o
Meu pulsar, estando eu ainda vivo...
Como pode?
Como faço?
Como é...