Só espera, derradeira espera.

Rasga o véu, o céu, silencioso beijo. Rompe o tempo e a clausura que te aprisiona a alma, cumprindo assim o teu destino, teu tempo.

Repousa o corpo em suaves sedas, sacias a sede do desejo escondido e silenciado em ruidosos beijos, ama na intensidade louca do desejo ardente, rompe os grilhões que te calaram a voz.

E no silêncio desse instante soltas livre teu grito, teu gozo.

Ama sedento coração encarcerado, o amor emudecido e doce, gostosa inconstância, sutil incoerência lapidada entre beijos e sedas, suaves brumas a cobrir-te o corpo desnudado e solto.

Há no olhar um silêncio velado, um amar mal falado, um desejo escondido.

E dos olhos faz dizer oque do peito se derrama.

E dessa espera faz brotar a ultima chama, a arder na noite escura sem estrelas, sem sorriso, só tristeza, derradeira espera.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 16/06/2015
Código do texto: T5278672
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