Borboletas Azuis e Pretas

Nem toda a lágrima é de tristeza

e com certeza

nem todo riso é de alegria

talvez pareça

que a tristeza que existe

sempre vem

do coração de um homem triste.

Não é não,

é a dor de quando faltam as palavras

quando em vastos prados

o sol desertificava e almas eram cortadas

por centenas de milhares

de facas afiadas.

Não é não,

é o contorno dos lábios doloridos

em espasmos comovidos

por teus beijos

e quando tu olhas

no espelho

são tortos

como portos descartáveis

de bolhas de sabão

e eram todos tortos

e ainda são.

Inventando o novo

não é nada assim

tão irracional

e quando a noite

chega ao fim

o amanhecer mais lindo

onde tudo é perfeito e igual

a antes e mesmo

quando teus olhos

se abrirem, tudo

chega ao seu final.

Isto é mais do que se podia adivinhar

voando sobre tempestade de borboletas

com suas asas azuis e pretas

eram os anjos que acordavam para sonhar.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 15/06/2015
Reeditado em 15/06/2015
Código do texto: T5278044
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