Soneto da Paixão
Oh bela ternura que transpõe os meus muros
Que tu, minha dura consciência, o construíste
Onde os teus uivos e som perpassam aos apuros
Através destes teus gritos de dor que insiste
Ao perseverar na forma destes novelos tidos
Do início ao fim das estações e que deste tempo
Carrega, e há alguém que ouve esses gemidos
Fruto da tua vida e do destino um contratempo
Mesmo que esta, tua e nossa, ferrenha realidade
Do insistir das tuas lamúrias em meio a esta tua dor
Também muito é real esta gentil e doce verdade
Beirando o azul e estes céus de estrelas, oh amor
A fantasia régia que fidedigna e linda flui da emoção
Do bem querer em nosso viver dessa intensa paixão