Ilhando.

Despido pelos ouvidos da noite,

Sua imagem sobre meu corpo!

Nos calafrios das folhas de outonos,

Sinto-a, próxima dos meus lábios.

A dor abre este meu peito carente,

Mostrando-me a aurora madrigal,

Numa amálgama de meus prantos.

De carências do teu corpo veranil.

Sinto os banhares das estrelas;

Contido pelas cores dos teus lábios,

Entre o nosso quarto que lacrimeja.

De sua pele contra a minha,

Cobrindo a noite pelos bálsamos!

Ilhando nossas faces sob a almas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 14/06/2015
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