A História de uns Versos de Amor
No papel em branco escrevi os seus versos
As palavras de meus conceitos foram postas
No sentido dos mil pensamentos do inverso
Da imagem que toda manhã o espelho mostra
Contei nos dedos as palavras que são de amor
Que pelos dias entoava em som fino de solidão
Entre mil pessoas que não silenciavam uma dor
Que ocupava o papel em branco, este o coração
Os versos me chegaram de ampla mansidão
Com toda ternura, sagazes, roubaram espaço
Desde que eram em forma de pura emoção
Causando pela sua história um estardalhaço
Mas na verdade o amor era de versos sinceros
Escreveu-se no papel branco de meu peito
Tal como fantasia e em êxtase dada por Eros
Na simbologia dos versos de amor perfeito