Maçã.

Ela gesticula as mãos, envolventes.

Enquanto, as palavras voam de sua boca.

Assim, como a música e a dança.

Me tira para dançar, à sua música.

Hipnotizado, com seus lábios.

Em transe, pelas suas mãos.

Eu dei meu coração, como um presente.

Então, ela o comeu, como um pedaço de carne.

Ela sabe todas as palavras mágicas.

Eu como cebolas, como doces maçãs.

Ela estala os dedos e eu acordo.

Mas, adormecido, lhe sou mais útil.

Sua voz desliza, para dentro de meus ouvidos.

Ela me faz pensar, que te amo.

E ela nunca, estalará seus dedos.

Ainda quer que eu pense, que é doce maçã.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 11/06/2015
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5273987
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