Ainda que digas Adeus

Quando me perco me vago

Amar também em lua crescente

Amor de lua cheia

Que não contenta ao dia seguinte

Amar doce e loucamente.

Intensa dor pungente

Farejei nos teus lençóis epiderme e sonhos

Desarmei no teu sorriso, preciso

Transformar o pesadelo medonho

Em sorte adstringente.

Não sou o único que amas nas auroras

Dizes que não podes ser minha completamente

Porém, quando sais comigo não existe poente

Perde-se nos espaçamentos, degraus das horas

Desejo te provocar de modo convincente

Para que não te esqueças do dia que fui teu homem profano

Permaneças em mim com teu aroma, incessante lida

Porque tu incensas minha vida em sonho mundano.

Não sou o único poeta que urge esquecido

Não sou tão vil que passe desapercebido,

Sou seu homem sutil e cativo

Que abraças no frio e dormes como ser nativo.

11 jun 2015

Vinicius Saint’ Ana

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 11/06/2015
Reeditado em 11/06/2015
Código do texto: T5273305
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