à distância
Estava nadando pela rede, rostos, corpos e os blábláblás de sempre...
Um alguém me despertou a atenção, todavia.
Era um olhar pequeno, uma marca o acompanhava desde que nasceu,
um charme à parte, como eu diria um dia depois.
Meus lábios ousariam beijar aquela outra marca perto do queixo?
Um dia de caos, confusão, uma voz que manda calma e serenidade.
Fique bem menino... respire. Veja o azul e feche teus olhos.
Volte amanhã, no entanto, para mim amanhã.
Volte ainda que te prendas por algum outro que estás mais perto de ti.
Quis passar serenidade a ele. Estava assustado, não eu.
Queria ter cuidado do seu abraço sem o que abraçar naquele momento
Minha voz passava calma, mas queria sabê-lo por inteiro.
A paciência deveria ser minha virtude enfim.
Mas meu corpo aguentaria tantos quilômetros de ausência jamais tida?
Não sei. Eu passei, olhei, quis... achei que era mentira.
Mas era a pele que minha pele queria tocar todas as noites.
Era a mistura negra e espanhola nascida equivocadamente longe de mim.
Era Eros dando asas ao cupido lá das terras frias e mais belas