OCASO
Brilham meus olhos no ocaso de minhas manhãs
Onde caminho sem preocupar-me com o acaso
N as tardes que estão por vir então eu vago
Para encontrar-me á noite em mim mesmo
E sentir tua indelével presença ao meu redor
Não importa a distância que no tempo navega
Nem mesmo a solidão que sobre mim campeia
Trilho as veredas do que de ti me nutro aos poucos
Até encontrar-lhe viva em minha vívida retina
Talvez pense que já não me importo com o vazio
Mas é no vazio que sangro singrando meus medos
E nem saiba que em ti sempre procuro meu porto seguro
Venço a cada dia os abismos das incomodas incertezas
Ultrapasso as movediças areias dos momentos insólitos
Num constante desejo e na voluptuosa vontade de ti
Somos imensuravelmente emaranhado em nós
Unidos pelos elos que só o tempo poderia forjar
Não havendo nada por fazer posto ser inquebrantável
Deixemos então que o mesmo seja senhor de nosso destino
Na certeza de nos encontrar-nos em um matinal alvorecer
Onde apenas o querer-nos será a luz de nossos dias
Perpetrando o infinito querer de nossos intensos desejos
www.recantodasletras.com.br/autores/leilson