INVENTOR (Escrita em: Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1987)

Eu teria que inventar um dialeto

pra dizer de outra forma inda não dita

que te amo,

pra escrever-lhe de outra forma não escrita

que te quero.

Eu teria que inventar outro universo

pra provar-lhe como é grande o meu amor,

pra mostrar-lhe o infinito do que sinto.

Eu teria que inventar um sentimento,

eu teria que inventar um outro tempo,

eu teria que inventar outro prazer.

Eu teria que inventar outro lamento

pra sentires como sofro sem você.

pra sentires de outra forma não sentida,

eu teria que inventar outro tormento

pra provar-lhe como fico sem te ver...

Pra viver de outra forma não vivida,

eu teria que inventar uma outra vida,

eu teria que inventar outro você,

eu teria que inventar um outro amor,

eu teria que inventar um inventor.

Julio Cesar de Amorim.

Júlio Amorim
Enviado por Júlio Amorim em 07/06/2015
Reeditado em 07/06/2015
Código do texto: T5269043
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