Ah! Não fosse a minha razão!

Algumas horas após...

Estou sentado, mas não sei onde estou.

Estou escrevendo, mas não sei o que escrever.

Estou pensado, mas não sei o que pensar.

Estou olhando as paredes, mas não sei o que fazer.

Não tenho lágrimas em meus olhos

Não tenho remorso em meu coração

Não tenho sorriso em meus lábios

Não tenho brilho em meu olhar

Estou estático, olhando para o nada.

Vivendo por viver

Há confusão em meus pensamentos.

A confissão de meus pecados perante mim mesmo me tornou refém

De minhas perdas.

O que eu tinha de maiores riquezas: as Letras e o Amor.

Lancei as Letras fora e perdi o Amor.

Ah! Não fosse a minha Razão, perderia até a minha Vida.

Tu nunca irias entender alguém lançar fora tanta riqueza

Tu dirias que não tem sentido as Letras e o Amor

Acontece que há um caminho sinuoso entre eles.

Quando Um começou, o Outro já havia nascido.

Caminharam juntos, se separaram, mas de repente, o tempo os uniu novamente.

Depois trocaram o Amor pela desconfiança, pelo mistério, pela ausência.

Aí o Ódio e o Amor se confundem muito facilmente, e se aliam.

Deixam então, marcas profundas que nunca mais esqueceremos.

Momentos em que perdemos o rumo, a direção e guardamos a mágoa no coração.

Mas as Letras farão um rescaldo do Amor e o farão renascer mais belo e mais forte, porque o Amor é um sentimento de querer eterno.

E este mesmo Amor será lançado em novas páginas do velho caderno, na troca de e.mails modernos, sussurrado diante de novos olhares apaixonados.

Robertson
Enviado por Robertson em 05/06/2015
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