sem freio
Andando sem rumo eu estava... procurando por aquilo que pudesse me preencher.
Procurei, cavei, olhei e quase voei na busca
e me vi parado no mesmo lugar, fitando o mesmo ponto.
Talvez eu devesse voltar para lá mesmo, talvez alguém estivesse lá me esperando.
Talvez o "nós" pudesse fazer mais sentido dessa vez
e eu não estaria sem freio mais uma vez sozinho.
Talvez aquele olhar que eu sempre busquei, enfim estivesse me esperando naquela árvore.
Eu fiz minha mochila e a enchi de experiências, esperanças e uma batida acelerada do coração.
Coloquei também um sorriso tímido, mas de satisfação e afeto.
Na bagagem da vida, a certeza do amor sincero e verdadeiro nunca me abandonou e agora o resgato.
Na Lua eu me vejo, eu te vejo e não é só a maré que sobe.
Os olhos cansados encontram uma rede.
As palavras ansiosas para saírem, agora já se sentem mais livres.
E talvez a certeza se dê dessa vez.