Teu olhar no meu
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos…
E por amor
Serei… Serás… Seremos…
( Pablo Neruda )
Teu olhar no meu
E assim se deu o êxtase
o doce encontro do meu olhar
com o teu
Aquela menina
dos teus olhos
era eu
estava ali desde sempre
a te guiar
por tuas estradas
até então despovoada de mim
E o brilho estelar
que fulgurava em minha face
sem ter nem pra quê
e me fazia bailar
sem justa causa
Só me veio o entendimento
(se é que é preciso entender
pra ser feliz e bailar)
Quando ao meu encontro
tu vieste
sem rumo certo
como um cavaleiro andante
meu Dom Quixote!
E me tornei a tua Dulcineia
a que buscaste por toda uma vida
E não tiveste para mim
a triste figura
essa só os outros viam
De ti recebi
só a doçura
o desvario bom
de quem se entrega
ao amor
à amada
à poesia
E a menina dos teus olhos
passou a morar
nos meus
definitivamente
Assim passamos
a SER
o que fomos
o que somos
o que seremos
Maktub!
Lembra?