ETERNIZANDO O AMOR DA MADRUGADA

Profundamente adormecida,

minha amada!

Com lençóis retorcidos

em torno do seu corpo

escultural!

Aprecio e a deixo dormir.

Vou à janela

e vejo o clarão vermelho

fantasmagórico projetado

pelas luzes da cidade,

contemplo lá em baixo

parece uma selva á noite,

com uma fogueira agonizante,

queimando toda cumplicidade.

O tempo parece um rio,

flui rapidamente

sem margem nem fronteira,

deságua no infinito

buscando o que há de mais bonito.

Lembro da minha amada

volto para cama,

puxando-a para mim...