Recompensa

Vim de onde a luz não brilha

onde o sol não aparece, nao esquenta

de onde o frio queima

de onde não há luar

Fiz trilhas

percorri atalhos

lutei com monstros

só pra te encontar

minha ferida ainda sangra

vermelho vinho

e a agulha ainda emenda

os cortes feito por espinhos

No escuro dessa floresta

onde as arvores vivas pensam

as raizes armam emboscadas

e as corujam cantam sombrio

O medo já não me abala

apenas os cortes me encomodam

mas não me mata

pois minha mente quer a recompensa

Exausta e pálida eu me encontro

Mas de longe tonta eu vejo

e eis que um clarão

surge você da escuridão

Me jogo em seus pés

E te sinto

Logo recupero meus sentidos

você me beija

Em seguida se fecham as feridas

e em seguida me transporto

me vejo em uma paisagem linda

Agora minha pele queima , mas não de frio.