COMO HEI DE...
O meu depois acabei por deixá-lo
para trás e nele pensar depois, sua
carranca era feia de mais assim como
o céu quando anuncia chuvas torrenciais.
Preocupei-me sim com ele por mostrar
seu aspecto desmoronado, amargurado
e em farrapos, sozinho arquejando moribundo
que ao longo se ouvia seus fúnebres lamentos.
Mas em seguida, passei a dedicar-lhe maior
atenção por ser deplorável o seu estado,
contudo sem demonstrar preocupação o que
vinha sofrendo foi questão de segundos...
Não foi por ser volúvel, o desempenho foi
resultado de uma atuação primária, afinal
minha alma antes ou depois do meu depois
nunca foi selvagem...
Pois bem, alegria, bem estar, maior intensidade
em minhas manhãs, "pois como hei de eu,"
a partir do momento em que mostraste as
costas pudesse viver depois que partiste?
Assim, há em meu ser crepúsculos e auroras...