Destino.

O quão amável e odioso, pode ser o destino.

Me dá uma boa vara, uma boa isca.

Um raro domingo de sol, para pescar.

Porém, só me permite pescar, no raso.

Limita-me, a pequena parte lodosa.

Longe dos peixes ornamentais, que tanto desejo.

Ah, me dá braços, braços longos.

Mas, não longos o suficiente, para te alcançar.

E era tudo o que mais queria.

No entanto, me permite vê-la.

É de um sadismo, que compactuo.

Pois não me surgem, novas maneiras.

Quantos ditados populares, poderíamos usar?

Todos vagos, apenas andarilhos.

Cheios de sentidos, quase propositais.

Incrível, como se encaixam, tão certeiros.

Mais uma, de muitas obras do acaso.

O quão amável o odioso, pode ser o destino.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 26/05/2015
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5256168
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.