Navalha de Insensibilidade
Não me olhes assim! Quebrou-se o encanto
Agora não passas de mulher da vida
A alma de princesa foi sucumbida
Quando te desfloraram em algum canto...
À minha indiferença tu reages com espanto?
Ora, o que esperavas? Insidiosa prostituída
Em minha alma abriste uma ferida
E meu coração condenaste ao pranto!
Termine o que começou, criatura vulgar!
Com tua navalha de insensibilidade, rasgue meu peito,
Mate-me com as flechas de teu imundo olhar...
Tu és os restos que os vermes humanos consomem
Do que outrora fora uma mulher de respeito
E que agora é devorada com desacato, por qualquer homem...