Vícios

Tal como o cigarro, este vício maldito que não largo,
Que me asfixia, sufoca e me corrói o peito lentamente,
E se esvai em espirais aneladas deixando o gosto amargo
Em minha boca, assim és tu, sempre em minha mente.

És como o álcool que me embriaga, que me entorpece,
que me avilta, denigre, confunde os pensamentos,
quando me alivio neste gole que pela garganta desce,
copo vazio como teu amor, por um único momento.

A cada manhã, juro que já foi dada a última tragada,
E que de ti já sorvi o último gole amargo e, no entanto,
Corro e me perco em teus braços, à primeira chamada.

Não tem mais jeito, reconheço, em ti sou um viciado,
De cada um de teus detalhes, lindos, perfeitos e são tantos
Prefiro assim morrer, dependente, do que nunca ter-te amado.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 21/09/2005
Reeditado em 26/09/2013
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