Quixote
Com Roncinante a vagar por prados estéreis, sozinho,
Esquálido, vergado pelas agruras que me deu a vida,
Cansado, já até sem forças para combater moinhos,
Passos trôpegos, vacilantes, cabisbaixo, alma ferida.
No horizonte distante, onde o sol se queda alaranjado,
Por entre montanhas de desilusões e dores superadas,
Faiscante no regato de suas lágrimas, eis-me determinado,
A persistir na busca, mesmo assim, da mulher amada.
Sob a armadura que me cobre o peito tantas cicatrizes
De cada uma das desilusões sofridas, cruel destino,
Triste sina de quem busca sonhos, ao léu, sem raízes.
Súbito, paro! Demente, braços ao céu, corro pela aléia,
Sob o elmo não mais tristeza, agora sorriso de menino,
Abraço o éter e encontro a paz final nos braços de Dulcinéia
Com Roncinante a vagar por prados estéreis, sozinho,
Esquálido, vergado pelas agruras que me deu a vida,
Cansado, já até sem forças para combater moinhos,
Passos trôpegos, vacilantes, cabisbaixo, alma ferida.
No horizonte distante, onde o sol se queda alaranjado,
Por entre montanhas de desilusões e dores superadas,
Faiscante no regato de suas lágrimas, eis-me determinado,
A persistir na busca, mesmo assim, da mulher amada.
Sob a armadura que me cobre o peito tantas cicatrizes
De cada uma das desilusões sofridas, cruel destino,
Triste sina de quem busca sonhos, ao léu, sem raízes.
Súbito, paro! Demente, braços ao céu, corro pela aléia,
Sob o elmo não mais tristeza, agora sorriso de menino,
Abraço o éter e encontro a paz final nos braços de Dulcinéia