A sabedoria do porvir

O ruído do dia vai se desmanchando enquanto entra a noite.

Aqui, no aconchego do quarto

ouço os sussurros de minhas escolhas,

os grilos se mantém acordados para ver até quando.

Penso que a noite é côncava

e a gratidão, um lugar incomum.

A revoada de pássaros anuncia o momento de levantar

o amor é inteiro quando de surpresa,

surge a cor de uma flor silenciosa, macia.

A brisa fina da tarde desliza no por do sol

transmutada na sabedoria do porvir,

e na quase imperceptível realidade dos sonhos.

É provável que haja movimento até no silêncio

quando renasce a eternidade da contemplação.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 23/05/2015
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