A sabedoria do porvir
O ruído do dia vai se desmanchando enquanto entra a noite.
Aqui, no aconchego do quarto
ouço os sussurros de minhas escolhas,
os grilos se mantém acordados para ver até quando.
Penso que a noite é côncava
e a gratidão, um lugar incomum.
A revoada de pássaros anuncia o momento de levantar
o amor é inteiro quando de surpresa,
surge a cor de uma flor silenciosa, macia.
A brisa fina da tarde desliza no por do sol
transmutada na sabedoria do porvir,
e na quase imperceptível realidade dos sonhos.
É provável que haja movimento até no silêncio
quando renasce a eternidade da contemplação.