O SEU ADEUS

O SEU ADEUS

Como eu gostaria de procurar você e dizer que estou sentindo a sua falta...

Talvez eu precisasse olhar nos seus olhos para tentar compreender...

Pois eu sinto sim, muita saudade de você e foi uma pena tudo terminar assim de uma forma tão inesperada...

É incrível como alguém chega do nada, ocupa tanto espaço dentro de nós e, de repente, simplesmente se vai,

deixando-nos com uma sensação de perda,

de vazio,

de solidão,

de impotência...

Vai embora sem pensar que deixou dentro de nós

rastros,

marcas,

lembranças,

saudades...

Parte sem perguntar se pode ir, da mesma forma que chega sem perguntar se pode entrar e nos invadir,

na alma,

no coração,

na razão,

na emoção...

E esquece de se perguntar também se foi melhor para o outro, se seria mesmo a hora de partir...

É...

A vida é surpreendente...

Da mesma forma que ela nos traz a felicidade de repente, também leva embora com a mesma rapidez...

Lamentar?

Gritar?

Revoltar?

Não adiantaria...

Estamos sujeitos a mudanças repentinas...

Somos pegos de surpresa e não nos resta alternativa, senão nos conformarmos com essas reviravoltas e esperar que da mesma forma que a vida desarruma tudo dentro de nós o tempo reorganize os nossos sentimentos...

E assim, vamos levando a vida até que num amanhã qualquer descubramos uma nova emoção...

Ou, talvez, aprendamos simplesmente a esquecer da dor que alguém deixa, quando parte sem saber o que semeou dentro de nós...

É fácil compreendermos e aceitarmos os fatos tristes que acontecem nas histórias da vida quando acontecem a outros, difícil é ser o protagonista da história...

A minha não mais é parte da sua, portanto, é para você como se fosse de qualquer pessoa...

Indiferente...

E eu bem sei que tudo que eu posso agora, não importa o que eu sinta, ainda,

é respeitar a sua vontade, e simplesmente,

também dizer adeus...

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 13/06/2007
Reeditado em 07/03/2022
Código do texto: T525218
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