Poetando


Por que vês com frieza métrica estes meus versos,
Se não decassilábicos ou até mesmo alexandrinos,
Se não consegues ver minha essência, meu universo,
Que te apresento puros como minh´alma de menino.

Por que de mim exiges tonicidade, redondilhas, rima,
E não vês sentimentos no cubismo de pseudo-sonetos,
Expressões de meu am
or, sem pretensões de obra-prima,
Lançadas ao ar, para que todos saibam, eficaz panfleto.

Sim, eu te amo, e através deles proclamo ao universo,
A ti, este amor infinito, imortalizado em fugaz instante,
De meus devaneios, quando te retenho em meus versos.

Mas, por não mais ter o teu amor e continuar te amando,
Vivo neste solilóquio amoroso, desespero de ex-amante,
Assim, por nem mesmo ser poeta, continuo só, poetando.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 21/09/2005
Reeditado em 30/09/2013
Código do texto: T52513
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