Ode a Vênus
Que importa se o vítreo cromo em sua frieza refletiva,
No presente, não mais te apresente, como no passado,
Com o brilho com que te vias durante distante juventude?
Mira que teus olhos, não mais em deslumbre, mas reflexiva,
Brilham intensamente por este amor vivido, não sonhado,
E os meus, quando os encontram, também brilham amiúde.
Se em teu peito o coração bate em suave ritmo compassado
E se acelera progressivo, não mais como antes, de repente,
Creia-me, assim o prefiro, por senti-lo e sabe-lo constante,
Não mais como mero devaneio, mas porque hás encontrado
O homem amado que acolhes em teu seio, que ocupa tua mente
Não só agora, mas eternamente, por toda vida, a cada instante.
Se tuas curvas, hoje mais suaves, quase que beleza retilínea,
Não mais têm o frescor juvenil que te dá saudade,
Tua rubra rosa hoje exala o perfume que me inebria,
Como o bom vinho, que se faz melhor com a idade,
Pois tens o sabor e o sumo da fruta madura que me sacia.
E agora és e levas em teu cerne a própria felicidade.
Que importa se o vítreo cromo em sua frieza refletiva,
No presente, não mais te apresente, como no passado,
Com o brilho com que te vias durante distante juventude?
Mira que teus olhos, não mais em deslumbre, mas reflexiva,
Brilham intensamente por este amor vivido, não sonhado,
E os meus, quando os encontram, também brilham amiúde.
Se em teu peito o coração bate em suave ritmo compassado
E se acelera progressivo, não mais como antes, de repente,
Creia-me, assim o prefiro, por senti-lo e sabe-lo constante,
Não mais como mero devaneio, mas porque hás encontrado
O homem amado que acolhes em teu seio, que ocupa tua mente
Não só agora, mas eternamente, por toda vida, a cada instante.
Se tuas curvas, hoje mais suaves, quase que beleza retilínea,
Não mais têm o frescor juvenil que te dá saudade,
Tua rubra rosa hoje exala o perfume que me inebria,
Como o bom vinho, que se faz melhor com a idade,
Pois tens o sabor e o sumo da fruta madura que me sacia.
E agora és e levas em teu cerne a própria felicidade.