RESENHAS D’ALMA
O amor que se sente é mente que não se desmente.
É qual significado de se viver pelo hábito do prazer em se doar.
Plantar e colher sementes para que flores possam desabrochar.
Propaga-se, assim, a formosura em sol tão reluzente!...
Vede, pois, a relva encantada entre aromas matinais!
Respirai o ar que se despeja dos pulmões da poesia a se emitir
Dos olhos de singular magia que não se cegam jamais!...
Deixai, então, voarem borboletas nos coloridos jardins a sorrir!
Fazei dos campos lindos cânticos em suprema romaria,
Qual paragem seguindo entre cortejos de luz em que se reflete.
E te faças pelo sopro em que tu te avalias e te inebria
E adiras à harmonia em que tange o som através de belo flerte.
Que os passos te colham flores, porém, não pisoteadas!
Calando o mau com a flauta da qual se faz o tom dum arco-íris.
Vede, encantadas, ritmadas aves nos galhos, pousadas!
Talvez a vida, sem medida, seja um coro regido num céu de giz.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 21 de maio de 2015.