NEM POR ABSTRAÇÃO...
Deixe-me usar da abstração,
Ao elevar esse meu coração,
A categoria de um ser.
Ele pensa. Ele ouve,
E me conhece muito bem.
Por vezes de mim esconde,
Sentimentos sem uma tradução,
Sem que se configure uma mentira,
Apenas com a omissão.
Tendo sua vontade própria,
Quando eu grito por silêncio,
Ele pulsa em contramão.
Demonstrando sua razão imprópria,
Quando eu silencio os medos,
Ele expõe os meus segredos,
Escrevendo nos meus olhos,
Ele nega um sim...
E ou me cede um não.
Já tentei deixa-lo longe,
Já me escondi na escuridão,
Mas cheguei a uma conclusão,
Por mais que véus cortinem,
Ninguém consegue mentir ao coração.