Morrer de amor
Se hoje minha cabeça ostenta, bem mais que antes,
alguns fios a menos e, em minhas têmporas, sereno
e célere, o albor dos anos se apresenta;
Se em meus olhos já não mais se vê o brilho
senão de furtivas lágrimas e, turvos de tanto chorar,
opacos, tristes, deles nem mais se vê a cor.
Se de meus lábios não mais se ouve o riso franco,
e ora neles só se vê um esgar, um sorriso meio triste,
se meus ombros ora se curvam, não é pelo peso da vida,
que sempre enfrentei de frente, dela nunca tive medo.
Se meus pés ora se arrastam como os de velhos, cansados,
não é por sentir-me derrotado, vivi a vida sempre em riste,
nem é por tanto ter caminhado, sem destino, ora sozinho.
Se em meu peito agora o coração descompassa,
falha, soluça, hesita, chora, explode e cala
e, num frêmito final, chama teu nome baixinho
Não chores por mim, vê-me, estou sereno:
Sou feliz - matei e matou-me esta saudade imensa,
novamente estou junto de ti – morri de tanto te amar.
Se hoje minha cabeça ostenta, bem mais que antes,
alguns fios a menos e, em minhas têmporas, sereno
e célere, o albor dos anos se apresenta;
Se em meus olhos já não mais se vê o brilho
senão de furtivas lágrimas e, turvos de tanto chorar,
opacos, tristes, deles nem mais se vê a cor.
Se de meus lábios não mais se ouve o riso franco,
e ora neles só se vê um esgar, um sorriso meio triste,
se meus ombros ora se curvam, não é pelo peso da vida,
que sempre enfrentei de frente, dela nunca tive medo.
Se meus pés ora se arrastam como os de velhos, cansados,
não é por sentir-me derrotado, vivi a vida sempre em riste,
nem é por tanto ter caminhado, sem destino, ora sozinho.
Se em meu peito agora o coração descompassa,
falha, soluça, hesita, chora, explode e cala
e, num frêmito final, chama teu nome baixinho
Não chores por mim, vê-me, estou sereno:
Sou feliz - matei e matou-me esta saudade imensa,
novamente estou junto de ti – morri de tanto te amar.