Juventude Cohabiana

Oi, ainda lembram?
Meus olhos avermelhados,
nossos velhos combinados...
Eu lembro. 

Não... não é tão triste.
Quem tem força é que resiste,
a vida não é ficção;
os tempos hoje são outros...
Não?

Meus planos são dutos
das águas da baderna.
De baixo do viaduto
eu vi as águas da minha vida.
Eternos momentos...
Eternas feridas...

O preço do feijão aumentou, 
mas nunca a amizade paterna. 
O curso que eu fiz me aprovou,
mas em casa, a barra é interna,
como a mão que a cigana um dia falou, 
uma futura grande coisa mais moderna...

Esta é a resposta para as cartas...
Fruto do peso da terra baleada.
Essa é a forte lição 
bem dada.                                      Os sorrisos e seus dentes
                                                          Minhas vítimas, meus parentes!
O chato é ver que nada
deu em nada.                                 Meus costumes deprimentes...
                                                                  Uma arte-finalista 
                                                                  muito bem aplicada.
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 21/05/2015
Reeditado em 29/02/2016
Código do texto: T5249810
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