Inutilmente
Hoje acordei determinado a findar esta tortura
De ver teu vulto em cada canto de minha vida,
Por-te de lado, esquecer-te, curar-me da loucura
Cessar o culto neste recanto onde foste acolhida.
Primeiro ato, tirei teu quadro da parede, deixei-a nua,
Rasguei tua foto, onde ´inda me sorrias zombeteira,
Porta-retrato em pedaços, lembranças jogadas à rua,
Com teus votos de amor, queimados em pia fogueira.
Em pira, coloridos lençóis, colchas, não satisfeito,
Nosso ninho, marcado eternamente por nosso amor,
Tornados cinzas não por tuas coxas em nosso leito.
Desesperado, vi que do que era teu restou somente,
O que não posso eliminar - de minha pele o teu olor,
De minha boca teu sabor, tua imagem de minha mente.
Hoje acordei determinado a findar esta tortura
De ver teu vulto em cada canto de minha vida,
Por-te de lado, esquecer-te, curar-me da loucura
Cessar o culto neste recanto onde foste acolhida.
Primeiro ato, tirei teu quadro da parede, deixei-a nua,
Rasguei tua foto, onde ´inda me sorrias zombeteira,
Porta-retrato em pedaços, lembranças jogadas à rua,
Com teus votos de amor, queimados em pia fogueira.
Em pira, coloridos lençóis, colchas, não satisfeito,
Nosso ninho, marcado eternamente por nosso amor,
Tornados cinzas não por tuas coxas em nosso leito.
Desesperado, vi que do que era teu restou somente,
O que não posso eliminar - de minha pele o teu olor,
De minha boca teu sabor, tua imagem de minha mente.