Os meus jardins floriam às tuas janelas,
       
arfavam tua imensidão,
       e tu, de mãos acesas e livres,
       me atacavas de loucuras
 
       [  ... Gostava quando eras
       
todo fôlego de minhas ternuras...  ]
 
       Gostava das tardes a firmamento,
       quanto tu me tocavas - nós nos tocávamos -
       como redemoinhos impuros de água e luz,
       fundeados na sede e na claridade
       dos desejos que respiram dentro
 
       E os sonhos ardiam pousados à noite...
       A garganta ainda estancava
       todo sangue dos rios que nos queimavam
 
       Mas agora uma lua me abraçava
       
e dos olhos
       vagas e lumes me vazavam...

 







DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 20/05/2015
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