Os meus jardins floriam às tuas janelas,
arfavam tua imensidão,
e tu, de mãos acesas e livres,
me atacavas de loucuras
[ ... Gostava quando eras
todo fôlego de minhas ternuras... ]
Gostava das tardes a firmamento,
quanto tu me tocavas - nós nos tocávamos -
como redemoinhos impuros de água e luz,
fundeados na sede e na claridade
dos desejos que respiram dentro
E os sonhos ardiam pousados à noite...
A garganta ainda estancava
todo sangue dos rios que nos queimavam
Mas agora uma lua me abraçava
e dos olhos
vagas e lumes me vazavam...