EU E VOCÊ EM NOSSOS MOMENTOS!
Guardo como sendo uma preciosa relíquia aqueles
momentos que foram tão airosos e canoros,
tão especial só nosso, se soubesse com que pertinácia
agitam-se no curso de meu processo mental...
Neles me deleito, sinto o teu corpo vibrar
em meus abraços ao mesmo tempo em que me
recordo de tua boca de um vermelho muito
vivo exprimindo uma ânsia muito louca...
Como foi bom e você se lembra de que fomos
um escopo de tudo aquilo que nos rodeava,
em que até os ponteiros do relógio quando
encontravam-se a meia noite eles se amavam?
Como foi pequenino o espaço que o destino nos
reservou, porque será que ele se tornou o nosso
algoz nos privando daquelas coisas tão gostosas
que agora serão de alçada do tempo que passou?
Se me fosse possível realizar a façanha
de penetrar no passado, iria procurar aqueles
momentos para nos revestir com todos os
encantos de um amor infinito, mas que bobagem
a minha não é o que faço com perseverança?