Amor
Colho em teu canteiro flores
Com elas o cansaço da monocromia de seus amores
Quando em teu uma atrofiada e desbotada flor vem emergir
Destilo-a dando ao meu coração um ressurgir
Ébrio, afogo-me em seus defeitos
De talos corroídos e espinhos sobre o peito
Cansado, destilo-a novamente
E volto a colher teu canteiro sorridente