Chutando latas
Após tantos anos, hoje adulto, de novo me vejo
Pelas ruas do mundo, cão sem dono em noite fria,
Perambulando sem rumo, sem destino, sem pejo,
Pensando em você distante, chutando lata vazia...
Porque você se foi, deixando-me assim tão só?
Porque me alçou às nuvens, à lua, às estrelas,
Que hoje brilham tão longe, indiferentes, sem dó
Desta dor que me lacera a alma, por não mais tê-la.
Como saciar esta sede de seus lábios, de seus seios,
Que me consome, se o que julgava eterna fonte secou
E até beber em outros mananciais hoje tenho receio.
Como aplacar esta fome de seu corpo que me mata,
Se está distante, não mais a vejo, você me deixou
Para sempre, eternamente, vagabundo chutando lata.
Após tantos anos, hoje adulto, de novo me vejo
Pelas ruas do mundo, cão sem dono em noite fria,
Perambulando sem rumo, sem destino, sem pejo,
Pensando em você distante, chutando lata vazia...
Porque você se foi, deixando-me assim tão só?
Porque me alçou às nuvens, à lua, às estrelas,
Que hoje brilham tão longe, indiferentes, sem dó
Desta dor que me lacera a alma, por não mais tê-la.
Como saciar esta sede de seus lábios, de seus seios,
Que me consome, se o que julgava eterna fonte secou
E até beber em outros mananciais hoje tenho receio.
Como aplacar esta fome de seu corpo que me mata,
Se está distante, não mais a vejo, você me deixou
Para sempre, eternamente, vagabundo chutando lata.