" INCÓGNITA "
Não te peço
que me compreendas,
Nem que traduzas meus
sonhos, meus pesadelos...
Não quero que definas
O que penso,
O que sinto...
Nada te imploro,
Porque também eu
não me compreendo,
Meus sonhos
confundem-se com
pesadelos...
Não sei onde
começa meu pensar,
Nem aonde termina
meu sentir...
Na minha tentativa
De simplesmente existir,
Tornei-me uma incógnita
para mim mesmo
Nem isso entendo...
Caminha comigo,
Aceita esta companhia
Ilumina a sombra que
denuncia meus passos
inseguros...
Escuta comigo
O eco do meu silêncio,
E limpa minhas vistas
embaçadas pelas imagens
repetitivas...
Clareia comigo
todos os cantos
Deste grande labirinto
Que, para justificarmos
a própria morte,
Chamamos vida...
hebby...