Apelo


Por favor, amor, não permitas que me vá agora,
Diz que ainda é cedo, por favor me detenhas
Me retém em teu leito de onde ainda aflora
O calor, o suave olor de tua pele morena.

Eu te peço, amada, que súplice me peças,
Mesmo mentindo, que não me vá por enquanto,
E com um sorriso, mesmo que falso, terças,
Convença-me a ficar, ou com o teu pranto.

Pega-me pelas mãos, puxa-me volta ao leito,
Cinje-me com tuas coxas, aninha-me em teu ventre,
Enlaça-me em teus braços, acolha-me em teu peito.

E após, quando me vires, então, ao final, silente,
Morto em teus braços, finje que estás adormecida
E deixa que eu parta... para afinal cuidar da vida.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 21/09/2005
Reeditado em 04/04/2017
Código do texto: T52429
Classificação de conteúdo: seguro