Alegria do amor
Aproxima-se a minha bela...
Diz-me, ó reis inúteis e embasbacados,
se há maior beleza que ela.
O dia brilha, é lindo o sol.
Feliz e saltitante te recebo,
alimentas o sol e a vida deste bardo mancebo.
Abre-te, depois dos idos em casulo
vem, deveras, o brilho difuso
de tuas asas doiradas.
A ti idílios e odes,
sonetos em moldes
de elogiar com amor.
Sou prisioneiro sim, de tua beleza.
Grades de ouro, prisão da nobreza.
Sou igarapé a penetrar no verde do teu olhar.
Já te abracei e estou dúctil,
minha alegria é fútil, mas não inútil.
Sou Páris, amiga, deixo as outras e venho te versar.